Hipolabor explica: letras dos médicos não são as únicas culpadas por erros de leitura em receitas
Quem nunca se deparou com uma receita indecifrável? A caligrafia ilegível é uma das reclamações mais comuns dos farmacêuticos em relação às receitas médicas que chegam a eles. Esse problema coloca a saúde do paciente em risco, já que aumenta a chance de o medicamento incorreto ser comprado ou até mesmo de o medicamento correto ser utilizado de forma errada, sendo até considerado uma questão de saúde pública.
Mas não é só a letra do médico que provoca erros de leitura em receitas. Quer descobrir outros fatores que podem prejudicar a identificação do medicamento prescrito? Continue lendo nosso post!
Escrita manual
Embora isso não seja comprovado cientificamente, a caligrafia dos médicos é famosa por ser ilegível. A destreza e o cuidado necessário para uma boa escrita muitas vezes ficam em segundo plano no momento de prescrever, devido à pressa e ao estresse das múltiplas jornadas de trabalho do médico. Isso abre espaço para que todas as possibilidades de estilos e formas de letras estejam presentes nas receitas. Devido à padronização, a digitação e impressão da receita é a alternativa mais recomendada atualmente.
Abreviaturas
O uso de abreviaturas é extremamente comum nas receitas médicas. Comprimidos viram “cps” e caixas se tornam “cxs”, por exemplo. Não existe ensino formal dessas abreviaturas. Entretanto, praticamente todos os profissionais de saúde utilizam-nas no dia a dia, assumindo que tanto o farmacêutico quanto o paciente conseguem compreendê-las, o que contribui para erros de leitura.
Sublinhados
A ocorrência de sublinhados na receita médica se baseia meramente em tradições e não em conceitos lógicos. As diversas possibilidades de uso, como sinalizar, enfatizar e até mesmo separar palavras, acabam atrapalhando o leitor ao invés de ajudá-lo a interpretar a receita.
Espaçamento
O espaçamento e a distribuição das palavras no papel parecem algo irrelevante, mas podem provocar confusões graves. Por exemplo, se o nome do medicamento termina com a letra L e a dosagem vem logo em seguida, sem qualquer espaçamento, a letra L pode ser interpretada como o algarismo 1, fazendo com que o paciente receba uma dose maior do medicamento, o que pode gerar efeitos adversos fatais.
Falta de padrão
Embora existam regras para a prescrição, o papel da receita contém impresso apenas a identificação do local de atendimento. Todo o resto fica a critério do médico na hora de prescrever, deixando espaço para os diversos erros de design e de conteúdo. O ideal é que todas as receitas sejam emitidas em formulários pré-impressos, como ocorre com os medicamentos de tarja preta. Esses formulários já indicariam ao médico o local a ser colocada cada informação, destacando as mais importantes e impossibilitando possíveis esquecimentos.
Baixa experiência farmacêutica
Com o tempo, a maioria dos profissionais da farmácia se torna expert em decifrar receitas e prover os medicamentos corretos aos pacientes. No início da vida profissional, porém, a falta de experiência faz com que os erros sejam mais comuns, principalmente se o profissonal teve déficits em sua formação.
Distração
Infelizmente, esse erro pode ocorrer com qualquer farmacêutico, do mais experiente até aquele que acabou de sair da faculdade. É possível que o profissional, tendo que lidar com diversos pedidos ao mesmo tempo em uma farmácia cheia, se distraia e leia a receita de maneira errada.
Receitas digitadas e formulários de prescrição são as melhores soluções apresentadas para eliminar os erros de leitura em receitas. Você tem mais alguma sugestão? Conte para a gente nos comentários. E para ficar de olho nos próximos posts é só assinar a nossa newsletter!