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Hipolabor explica: diferenças entre dipirona e paracetamol

Hipolabor explica: diferenças entre dipirona e paracetamol

Você provavelmente já ouviu falar sobre dipirona e paracetamol, não é mesmo? Esses dois fármacos são medicamentos bastante conhecidos e muitas vezes usados da maneira errada. Isso geralmente acontece porque nós ainda temos o mau hábito da automedicação, por mais que saibamos o quanto pode ser prejudicial para a saúde.

Mesmo que o medicamento seja prescrito por um médico (a forma correta de usar qualquer medicamento), é sempre bom sabermos um pouco mais sobre determinadas substâncias. Dessa maneira, ficamos mais bem informados sobre aquilo que colocamos para dentro do nosso organismo, bem como a ação de tais substâncias.

Criamos este post para ajudar você a saber mais sobre esses dois remédios tão comuns e parar tirar as principais dúvidas sobre as medicações que, quando bem utilizadas, podem fazer maravilhas para reduzir sintomas desagradáveis e melhorar a nossa qualidade de vida. Acompanhe!

O que são a dipirona e o paracetamol?

A dipirona é um fármaco de fórmula um tanto quanto complexa: 2,3-diidro-1,5-dimetil-3-oxo-2-fenil-1H-pirazol-4-ilmetilamino. Ela foi sintetizada pela primeira vez na Alemanha, por volta dos anos 20. Essa substância, também conhecida como metamizol, hoje é uma das mais populares de todo o planeta.

De modo geral, ela pode ser ministrada tanto de forma oral (como estamos habituados) quanto por via intravenosa. A excreção do remédio ocorre pelos rins e a sua ação está diretamente relacionada à inibição de certas enzimas que, quando ativadas, causam a reação de dor.

Já o paracetamol, chamado de acetaminofeno, tem uma fórmula um tanto quanto mais simples (N-(4-hidroxifenil)etanamida). O fármaco começou a ser comercializado na década de 50.

Na maioria das vezes ele é vendido juntamente a outros compostos, que ajudam a potencializar os seus efeitos ou servem para tratar vários sintomas de maneira simultânea.

Ao contrário da dipirona, o paracetamol não atua como anti-inflamatório, sendo utilizado exclusivamente para o controle da dor e para a redução da febre. A metabolização dessa substância é feita pelo fígado e a excreção do fármaco também ocorre por via renal.

Quais são as indicações desses dois medicamentos?

Tanto o paracetamol quanto a dipirona são prescritos pelos médicos em casos de dor. Os dois fármacos são, portanto, analgésicos que atuam diretamente nessa sensação, reduzindo o desconforto de problemas bastante comuns como:

  • dores de cabeça;
  • dores de dente;
  • dores nas articulações;
  • dores musculares;
  • dores causadas por resfriados ou gripes;
  • cólicas menstruais;
  • febre.

Além de diminuir a dor, a dipirona e o paracetamol têm um efeito antipirético, ou seja, ajudam na redução da febre e do mal-estar decorrente desse problema. Esse é um efeito muito importante, já que febres altas (e o aumento da temperatura decorrente dessa resposta imunológica) podem contribuir para a desnaturação de proteínas do nosso organismo e causar danos algumas vezes irreparáveis.

Como agente anti-inflamatório, por sua vez, a dipirona não costuma ser indicada porque tem um efeito muito reduzido — existem melhores opções no mercado. O paracetamol não apresenta essa redução de efeito, sendo normalmente mais utilizado para a diminuição do processo inflamatório no organismo.

Quais são os riscos do consumo do paracetamol?

O paracetamol é bastante usado quando o paciente apresenta dor ou febre. Como há uma grande quantidade de médicos que prescrevem esse medicamento para diversas patologias, o uso se tornou mais popular e as pessoas passaram a associar o remédio a determinados sinais e sintomas, administrando-os por conta própria.

O grande problema é o fato do paracetamol ter um efeito analgésico não muito eficiente, e como consequência, as pessoas acabam ingerindo mais do que o permitido, chegando a uma superdosagem (4.000 mg ao dia, ou seja, cerca de 5 ou 6 comprimidos de 750 mg cada). Essa superdosagem pode levar a uma lesão hepática que, dependendo da gravidade, só se resolve com um transplante do fígado.

Quando utilizado em doses altas, o paracetamol pode levar um paciente a óbito. Isso, é claro, depende de uma série de fatores ambientais e fisiológicos, e não é algo que ocorre com muita frequência. No entanto, o risco existe, então todo cuidado é pouco.

A seguir, listamos as principais contraindicações dessa medicação. Se você faz parte de algum dos grupos a seguir, sempre consulte o seu médico para que ele libere ou não a ingestão desse fármaco. Observe:

  • hipersensibilidade ao paracetamol ou a outros componentes da fórmula;
  • crianças menores de 12 anos.

Como podemos observar, esse é um medicamento relativamente seguro e que não costuma causar danos à saúde — desde que utilizado adequadamente. Por isso, não deixe de perguntar ao seu médico de confiança se você pode tomar o paracetamol.

Quais são os riscos do consumo da dipirona?

Ela tem ficado em segundo lugar na escolha dos profissionais quando se trata febre e dores. Isso acontece porque a dipirona apresenta mais efeitos colaterais, como a sensação de fraqueza e a redução rápida da temperatura corporal.

Com isso, ao ser utilizada de maneira inadequada, ela pode até mesmo prejudicar o processo de cicatrização, não sendo indicada para pessoas diabéticas. Outro fator que faz a dipirona ser prejudicial aos diabéticos é o fato de conter açúcar.

A dipirona tem reações adversas do tipo B, ou seja, reações graves, muitas vezes irreversíveis, que apresentam alto índice de mortalidade. Além disso, enquanto grande parte das reações adversas do paracetamol ocorrem em superdosagens, na dipirona podem ocorrer na dosagem terapêutica — aquela que é indicada como a normal e ideal para cada caso.

Por isso, é sempre necessário tomar muito cuidado na hora de ingerir esse medicamento. As principais contraindicações para o seu uso incluem os seguintes grupos:

  • pessoas com alergia à dipirona;
  • mulheres grávidas e lactantes;
  • pessoas com problemas renais e hepáticos;
  • pessoas com problemas na medula óssea;
  • existência de espasmos nos brônquios.

Além disso, a dipirona é contraindicada para crianças muito pequenas (que tenham menos de 3 meses ou pesem menos de 5 quilos). Por isso, sempre consulte um médico antes de se medicar ou oferecer medicações ao seu bebê.

Há efeitos colaterais na ingestão desses fármacos?

A dipirona e o paracetamol são fármacos considerados bastante seguros e com poucos efeitos colaterais. De modo geral, eles não geram reações adversas graves, mas há, na literatura, evidências de que alguns sinais possam ser emitidos por pessoas mais sensíveis às substâncias. Eles incluem:

  • dores de barriga;
  • enjoos e náuseas;
  • vômitos;
  • coceiras pelo corpo;
  • queda na pressão arterial;
  • diarreia ou alterações variadas no trânsito intestinal.

Crianças, idosos e gestantes podem utilizar esses medicamentos, desde que respeitem a prescrição médica para tal. Grávidas no início e no final da gestação, por exemplo, precisam utilizar doses reduzidas da dipirona. Pessoas com insuficiência renal, hepática e outros tipos de problemas crônicos também necessitam de doses ajustadas para evitar consequências e efeitos adversos.

Por fim, para os tutores de animais de estimação, vale a pena ressaltar que nem sempre os medicamentos são seguros para os pets. Portanto, nada de medicar os bichinhos sem antes consultar um médico veterinário. Algumas substâncias seguras para os humanos podem ser completamente letais para cães, gatos e outros animais.

Como é feita a administração dessas substâncias?

Há várias maneiras diferentes de se administrar a dipirona. A principal e mais comum de todas elas é a via oral, por meio da ingestão do composto em gotas ou em comprimidos (simples ou efervescente). Há, além disso, a possibilidade de administrar a substância por via retal, com o uso de supositórios.

Outra forma de administrar essas substâncias é por meio de soluções injetáveis, que devem ser aplicadas por um profissional da área da saúde devidamente capacitado. A razão para isso é a velocidade da administração, com o objetivo de evitar reações indesejáveis ou problemas de saúde para o paciente.

O paracetamol, assim como a dipirona, é apresentado tanto em solução (ou seja, da forma líquida) quanto em comprimidos de dosagens variadas. Além disso, os supositórios também existem para esses casos, sendo mais indicados para crianças pequenas.

Em caso de dengue, qual dos dois medicamentos usar?

Há controvérsias sobre o assunto. De acordo com o Ministério da Saúde, os dois medicamentos podem ser prescritos quando o paciente apresenta a dengue clássica, excluindo, nesse caso, o tipo hemorrágico.

No entanto, alguns médicos não concordam com o uso do paracetamol. Segundo eles, esse medicamento aumenta as chances de uma insuficiência hepática, podendo levar o paciente a óbito. Também há controvérsias sobre o paracetamol desenvolver ou não problemas no fígado.

Em casos de dengue, dipirona e paracetamol podem ser prescritos pelo profissional e você deve seguir as dosagens indicadas por ele. Caso os sintomas persistam, não é recomendado aumentar a dosagem por conta própria — a melhor opção é voltar ao consultório médico.

Como podemos observar, tanto a dipirona quanto o paracetamol são fármacos seguros, desde que usados com a devida precaução e sempre com a indicação médica. Apesar de simples, os dois podem gerar efeitos indesejados quando utilizados de maneira inadequada. Por isso, sempre consulte um médico de confiança e evite ao máximo a automedicação!

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