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Hipolabor esclarece: como fazer o descarte de medicamentos de maneira correta

Hipolabor esclarece: como fazer o descarte de medicamentos de maneira correta

O descarte de medicamentos é um problema endêmico no Brasil. De um lado, estão os geradores de resíduos, aqui considerados como as indústrias farmacêuticas que produzem os medicamentos. Do outro, está a população, que desconhece como despejá-los corretamente.

Na interseção do problema, encontram-se o farmacêutico — profissional detentor de conhecimentos sobre os medicamentos — e os órgãos fiscalizadores, que ainda não se posicionaram adequadamente em relação ao tema.

Como essa é uma discussão que está longe do fim, é importante conscientizar a população a respeito da poluição causada pelos resíduos farmacêuticos produzidos, alertando-a sobre a importância de minimizar essa situação. Acompanhe nosso post de hoje e saiba mais sobre o tema:

A problemática da geração de resíduos farmacêuticos

Conforme Resolução 306/2004 da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), que trata sobre o plano de gerenciamento de resíduos, os medicamentos são classificados em resíduos químicos e, em algumas situações, precisam de tratamento antes do descarte.

Isso acontece porque a invasão de substâncias químicas no meio ambiente pode causar uma série de malefícios. Medicamentos descartados no vaso sanitário, produtos dispensados dentro da pia do banheiro ou nos ralos da cozinha podem contaminar os lençóis freáticos e tornar a água imprópria para o consumo.

Alguns estudos já apontaram que desprezar medicamentos contendo princípios ativos hormonais podem promover a feminilização de peixes e alterar o equilíbrio da cadeia alimentar. Também já foi reportado que medicamentos utilizados na quimioterapia para tratamento do câncer causam alterações genéticas em animais aquáticos.

A elaboração do Plano de Gerenciamento de Resíduos

Devido a esses problemas, as empresas geradoras de resíduos de saúde, tais como clínicas, hospitais, necrotérios, laboratórios de pesquisa, entre outros, são obrigadas a elaborar o Plano de Gerenciamento de Resíduos.

Esse documento deve contemplar as etapas de geração, classificação, tratamento, transporte, armazenamento temporário e descarte final dos resíduos. Deverá ser nomeado um responsável técnico que acompanhará as etapas desenvolvidas e garantirá o cumprimento das atividades.

No entanto, o descarte de medicamentos das casas e domicílios ainda não dispõe de uma legislação específica que aponte as recomendações necessárias sobre o problema. O acúmulo de medicamentos isentos de prescrição, antibióticos, ansiolíticos, entre outros, torna-se volumoso a ponto da população não saber como proceder para descartar esses produtos.

A orientação do farmacêutico à população

O farmacêutico, enquanto educador em saúde, deve orientar a população a manter os medicamentos em suas embalagens originais e procurar um posto de coleta destinado aos medicamentos vencidos.

É recomendável separar os medicamentos por forma farmacêutica (comprimidos, cápsulas, etc.) juntamente com suas embalagens primárias e secundárias antes do descarte.

As formas líquidas e pastosas devem ser bem vedadas para evitar vazamento e, se possível, colocadas dentro de uma embalagem plástica para evitar quebras ou deformidades.

A legislação municipal preconiza a entrega de produtos vencidos em Unidades Básicas de Saúde, desde que as embalagens estejam íntegras e sem vazamentos. Porém, essa normativa pode variar de município para município.

O descarte de medicamentos é um tema que precisa ser estudado com mais acurácia para garantir segurança para a população e uso racional dos medicamentos. O papel do farmacêutico é crucial tanto na utilização adequada dos produtos para a saúde quanto em seu descarte correto. Portanto, essa é mais uma atribuição do farmacêutico em prol de benefícios para a saúde do paciente.

E você, gostou de saber mais sobre o descarte correto de medicamentos? Então compartilhe este post com seus amigos nas redes sociais e saiba a opinião deles sobre o tema!

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