Sintomas da dengue e de outras arboviroses são semelhantes
Um surto de dengue está atingindo o Brasil nas últimas semanas. A doença, causada pela picada do mosquito Aedes aegypti, possui vários sintomas, entre eles a febre. Por causa disso, muitas pessoas, em vez de procurarem um médico, buscam a automedicação, o que é um grande risco. Às vezes, os indícios podem não ser de dengue, mas de outra arbovirose. Nesse caso, é importante combater a moléstia de forma correta.
São arboviroses as doenças causadas pelos chamados arbovírus, que incluem o vírus da dengue, Zika vírus, febre Chikungunya e febre amarela. A classificação “arbovírus” engloba todos aqueles transmitidos por artrópodes: insetos e aracnídeos.
Conforme destaca a Fundação Oswaldo Cruz (FioCruz), existem 545 espécies de arbovírus, sendo que 150 delas causam doenças em seres humanos. Apesar de a classificação arbovirose ser utilizada para designar diversos tipos de vírus —como o mayaro, meningite e as encefalites virais—, hoje a expressão tem sido mais usada para designar as doenças transmitidas pelo Aedes aegypti, como o Zika vírus, febre Chikungunya, dengue e febre amarela. É importante ressaltar que somente os mosquitos infectados transmitem a doença.
Conheça os principais sintomas das arboviroses
O período do verão é o mais propício à proliferação do mosquito Aedes aegypti, por causa das chuvas e consequentemente é a época de maior risco de infecção por essas doenças. As forma de contágio e sintomas das arboviroses são semelhantes e, por isso, o diagnóstico poder ser mais difícil. Ainda assim, é sempre importante procurar um médico e não fazer automedicação. Veja a seguir alguns sintomas:
- Febre alta;
- Cansaço intenso;
- Dor atrás dos olhos e vermelhidão;
- Náuseas, vômitos e tontura;
- Dor de cabeça;
- Calafrios;
- Manchas vermelhas na pele e coceira no corpo
- Dores musculares e nas articulações
É possível tratar arboviroses?
Não existem tratamentos específicos contra as arboviroses, principalmente quando falamos em dengue, Zika vírus e febre Chikungunya. Isso porque todos eles costumam ter uma vida curta no organismo, causando infecções agudas. No máximo, o médico pode indicar medicamentos para tratar os sintomas.
Além disso, pacientes com suspeita de dengue, Zika vírus ou febre Chikungunya devem evitar medicamentos à base de ácido acetilsalicílico (tipo aspirina) ou que contenham a substância associada. Esses medicamentos têm efeito anticoagulante e podem causar sangramentos. Outros anti-inflamatórios não hormonais (diclofenaco, ibuprofeno e piroxicam) também devem ser evitados. O uso dessas medicações pode aumentar o risco de sangramentos.
Doenças que o Aedes aegypti pode transmitir e seus sintomas
Cada arbovirose pode causar complicações diferentes, de acordo com a ação de cada vírus no organismo. Um grande transmissor de arbovírus atualmente é o mosquito Aedes aegypti, vetor da dengue, Zika vírus, febre Chikungunya e febre amarela. Veja a lista de algumas enfermidades:
- Febre Amarela: febre alta, mal-estar, dores musculares, dor de cabeça e calafrios.
- Dengue: febre alta súbita, dor de cabeça e dor no corpo e articulações, náuseas e vômitos, também podem surgir manchas vermelhas no corpo e coceira.
- Zika: recente no Brasil e que tem provocado muita preocupação, principalmente nas gestantes, pelo fato de estar sendo associada às ocorrências de microcefalia em recém-nascidos. Sintomas: febre não muito alta, dor de cabeça, dor nas articulações, manchas vermelhas no corpo com coceira, vermelhidão nos olhos e cansaço; em algumas pessoas, pode não ter nenhum sintoma.
- Chikungunya: doença que ocorre junto com a dengue e cujos sintomas se confundem: febre alta súbita, dor de cabeça constante, manchas vermelhas no corpo com coceira intensa e dor forte nas articulações com inchaço.
Denuncie os focos do mosquito Aedes aegypti
Todo ano, o Ministério da Saúde faz uma campanha de combate ao Aedes aegypti, com o objetivo principal de conscientizar as pessoas a serem agentes de mobilização. Quando o foco do mosquito é detectado e não pode ser eliminado pelos moradores ou pela população, como em terrenos baldios ou lixos acumulados na rua, a Secretaria Municipal de Saúde deve ser acionada para remover os possíveis focos/criadouros.
Quais são as dicas para combater as arboviroses?
No Brasil, as arboviroses circulantes são aquelas transmitidas pelo Aedes aegypti. Existem dois tipos de atitude importantes para evitar o mosquito: prevenir a picada e impedi-lo de se reproduzir.
Para prevenir a picada, veja as melhores atitudes:
- Use repelente industrializado – ele tem substâncias que impedem a aproximação do mosquito, evitando a picada. Mas tome cuidado com os repelentes naturais, já que sua duração e eficácia não são garantidas
- Prefira roupas longas – as roupas servem como uma barreira para o mosquito, que só pica em regiões de pele exposta
- Evite roupas coloridas e perfumes – os mosquitos são atraídos pelas cores e pelos perfume
- Use telas e mosquiteiras – elas impedem a entrada de mosquitos em casa e também que mosquitos que já estejam dentro ataquem durante a noite
- Entenda os hábitos do Aedes – o mosquito circula ativamente no começo da manhã e no final da tarde. No entanto, se houver um criadouro dentro de casa, eles podem atacar a qualquer momento, por serem predadores oportunistas, ou seja, que se alimentam sempre que tem oportunidade.
A melhor forma de evitar criadouros do mosquito Aedes é evitando locais de acúmulo de água parada nas residências. Para tanto, há uma série de atitudes que podem ser tomadas:
- Mantenha a caixa d’água sempre limpa e bem fechada
- Nunca deixe a água da chuva acumulada sobre lajes e calhas, que devem ser limpas periodicamente
- Guarde os pneus cobertos e sempre entregue os velhos para o serviço de limpeza
- Mantenha todos os utensílios que ficam com água parada, como garrafas, limpos e bem fechados, ou guardados com a boca para baixo
- Limpe os ralos com frequência ou jogue desinfetante para impedir que a possível água acumulada seja usada para reprodução dos mosquitos
- Troque sempre a água do bebedouro dos animais, lavando o recipiente
- Coloque areia nos pratos dos vasos de plantas ou elimine-os
- Sempre troque a água dos vasos de plantas aquáticas.
Fonte: Portais do Ministério da Saúde; da Fundação Oswaldo Cruz e portal Minha Saúde