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Guia do Farmacêutico: conheça as 7 doenças mais comuns em adultos

Guia do Farmacêutico: conheça as 7 doenças mais comuns em adultos

De acordo com estudos realizados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o estilo de vida do brasileiro é responsável por mais de 70% das doenças e das causas de morte no país.

A maioria dos quadros clínicos são influenciados por hábitos mantidos por vários anos e manifestados na vida adulta — e, por isso, muitas dessas doenças estão relacionadas a indivíduos que já se encontram nessa faixa etária.

Conhecê-las, portanto, é um processo importante da formação de profissionais da saúde que vão lidar com esse grupo de indivíduos. Pensando nisso, preparamos este conteúdo para descrever quais são as doenças mais comumente diagnosticadas em adultos, suas principais causas e seu tratamento.

Boa leitura!

Depressão

A depressão é uma das doenças da vida adulta mais negligenciadas por pacientes e profissionais da saúde. Resumidamente, a depressão se caracteriza por uma constante sensação de tristeza, pessimismo e baixa autoestima.

A depressão é uma síndrome que, ao contrário do que se pensa, não é desencadeada por fatores sociais e psicológicos. Ela é, na verdade, uma consequência de uma série de alterações químicas que ocorrem no cérebro do indivíduo e afetam sua produção de neurotransmissores.

Acredita-se que pelo menos 1 a 5 cinco pessoas no mundo possa ter predisposição para desenvolver um quadro depressivo ao longo da vida.

1. Sintomas

A depressão é uma doença caracterizada por muitos sintomas que podem ser confundidos com outros que manifestamos ao longo de nossa vida em outras situações. Por isso, é importante estar atento à presença de um ou mais sinais da doença.

Alguns de seus sintomas são:

  • ansiedade e angústia;
  • apatia;
  • baixa autoestima;
  • desejo de morrer;
  • dificuldade de concentração;
  • falta de motivação;
  • falta de vontade;
  • humor bastante variável;
  • incapacidade de sentir alegria ou prazer;
  • insônia;
  • irritabilidade;
  • perda de apetite e peso;
  • pessimismo;
  • queda da libido;
  • sensação de desânimo e cansaço;
  • sensação de falta de sentido na vida;
  • e sentimento de medo, insegurança ou vazio.

2. Diagnóstico e tratamento

O diagnóstico de um quadro de depressão pode ser muito difícil de ser realizado. Por isso, a ajuda de um especialista é indispensável para fazer uma análise minuciosa dos sintomas e de seus fatores químicos.

Para tratar a doença, é preciso contar com um suporte terapêutico que alia o uso de medicamentos e o acompanhamento psicológico do paciente. A união dessas 2 condutas permite que o paciente se recupere mais rapidamente.

Obesidade

A obesidade é cada vez mais apontada por especialistas em saúde como o mal do século XXI. Com rotinas cada vez mais sedentárias e o consumo elevado de calorias na rotina, a sociedade humana tem enfrentado uma epidemia.

A obesidade, em termos práticos, nada mais é do que o acúmulo de gordura corporal causada por uma ingestão excessiva de calorias que não são metabolizadas ao longo de nossa rotina.

Essa é uma doença que tem como consequência o desenvolvimento de várias outras condições metabólicas de risco, que podem levar o indivíduo a uma queda de qualidade de vida e, em casos extremos, até à morte.

1. Sintomas

Os sintomas da obesidade são clássicos e fáceis de diagnosticar pois são perceptíveis a olho nu. Entretanto, existem sintomas metabólicos que também auxiliam no fechamento do diagnóstico da doença:

  • artrite e dores musculares;
  • colesterol alto;
  • compulsão alimentar;
  • dificuldade respiratória;
  • glicemia corporal elevada;
  • insulina elevada;
  • peso corporal excessivo;
  • pressão alta;
  • e problemas cardiovasculares.

2. Diagnóstico e tratamento

O diagnóstico da obesidade é feito com a ajuda de avaliações físicas e biológicas que sinalizam o quadro de excesso de peso e seus sintomas.

Para isso, médicos e especialistas usam o cálculo do índice de massa corporal (IMC, que deve estar acima de 30) e a avaliação de exames bioquímicos para identificar um possível quadro de obesidade, como de:

  • colesterol;
  • glicemia;
  • insulina;
  • e triglicérides.

Inicialmente, o tratamento dessa doença é feito com uma combinação de medicamentos para controle dos sintomas bioquímicos e acompanhamento dietético — que é a parte mais importante da recuperação do paciente.

O foco é devolver ao paciente qualidade de vida e recuperação de um peso corporal saudável. Em quadros mais graves, pode ser necessária a realização de cirurgia bariátrica para controlar o apetite e a ingestão de calorias.

Hipertensão arterial

A hipertensão arterial (popularmente conhecida como pressão alta) é uma doença que pode ter vários fatores responsáveis por seu desenvolvimento, tanto comportamentais, quanto genéticos.

Classifica-se como uma pressão alta valores de pressão arterial igual ou acima de 140/90 milímetros de mercúrio. Essa é uma condição que atinge mais de 30% da população mundial, sendo mais comum em indivíduos do sexo masculino acima dos 60 anos.

Isso não significa que mulheres e indivíduos mais jovens estejam livres do risco de desenvolver essa doença.

1. Sintomas

Em quase 90% dos casos, a hipertensão é uma condição hereditária. Apenas 10% dos casos são consequência de hábitos de vida irregulares ou de sintomas de uma outra doença.

Seus principais sintomas são:

  • dores de cabeça;
  • dores no braço e peito.
  • tonturas;
  • visão turva;
  • e zumbido no ouvido.

2. Diagnóstico e tratamento

O diagnóstico de hipertensão é feito com a medida da pressão arterial por um profissional da saúde. Como essa é uma condição que não tem cura, especialmente quando é hereditária, o tratamento da hipertensão é baseado no controle da doença, mantendo os valores da pressão em níveis normais.

Além disso, a manutenção de hábitos de vida saudáveis — como não fumar, exercitar-se, controlar o peso, ingerir pouco sal e controlar a ingestão de bebidas alcoólicas — pode ajudar no tratamento.

Diabetes

A diabetes é uma doença classificada como uma síndrome metabólica que pode ter várias origens diferentes. Sua principal característica é a elevação da glicose no sangue por conta da ausência de insulina para controlá-la ou pela incapacidade desse hormônio em exercer sua função no corpo.

Existem 3 tipos de diabetes:

  • o tipo 1, desenvolvido por conta da ausência de produção de insulina pelo corpo. Geralmente é uma condição genética que afeta o pâncreas e prejudica a produção do hormônio;
  • o tipo 2, desenvolvido por uma insuficiência da insulina corporal em controlar o nível de glicose no sangue, geralmente elevada por conta de quadros de obesidade ou ingestão excessiva de açúcar;
  • a gestacional, que é uma consequência das alterações metabólicas que ocorrem durante a gravidez — e que, geralmente, é curada após o nascimento do bebê.

1. Sintomas

Sintomas tradicionais de pessoas com diabetes são:

  • fome constante;
  • formigamento em membros inferiores e superiores;
  • infecções corporais frequentes;
  • perda involuntária de peso;
  • problemas de cicatrização;
  • sensação excessiva de sede;
  • visão embaçada;
  • e vontade frequente de urinar.

2. Diagnóstico e tratamento

A diabetes é facilmente diagnosticada com o auxílio de 3 exames bioquímicos simples:

  • a glicemia de jejum;
  • a hemoglobina glicada;
  • e a insulinemia.

Quando alguma alteração é encontrada nesses exames e é associada a 1 ou mais sintomas descritos acima, pode-se fechar o diagnóstico da doença.

O tratamento da diabetes é feito com acompanhamento endocrinológico — que vai avaliar a necessidade de se realizar o uso de insulina ou não no controle da glicemia — e, é claro, um acompanhamento dietético para controlar os níveis de glicose no sangue.

O uso de outros medicamentos para auxiliar no controle dos sintomas e da glicose no sangue também pode ser necessário.

Asma

Uma das doenças inflamatórias crônicas mais comuns, a asma nada mais é do que uma inflamação das vias aéreas que persiste durante muito tempo — e, às vezes, por toda a vida — em um indivíduo.

O asmático tem um pulmão sensível a qualquer sinal de irritação e, por isso, manifesta a doença quando a situação não é favorável para a sua saúde. A asma acomete mais de 200 milhões de pessoas no mundo, entre crianças e adultos.

Ela é classificada por graus, sendo o 1º caracterizado por sintomas mais leves e intermitentes e o último (grau 4, o mais grave), com sintomas diários e persistentes, que se agravam durante a noite.

A asma pode ser causada por:

  • alimentação;
  • atividades físicas;
  • contato frequente com substâncias e agentes alérgenos;
  • medicamentos;
  • e mudança de temperatura.

1. Sintomas

Os sintomas da asma se assemelham a um quadro de falta de ar. Alguns sinais são:

  • ansiedade por conta da falta de ar;
  • confusão;
  • dores no peito;
  • falta de ar durante a atividade física;
  • lábios e rostos azulados (como se estivessem sem ar);
  • respiração ofegante;
  • sonolência;
  • sudorese;
  • tosse com muco;
  • e tosse seca.

2. Diagnóstico e tratamento

O diagnóstico da asma é feito no consultório médico, ao identificar 1 ou mais sintomas dos apontados acima.

O tratamento da doença é feito com maior cuidado com o ambiente em que o indivíduo vive (minimizando a irritação das vias aéreas de maneira frequente) e uso de medicação contínua para reduzir a sensibilidade dos brônquios pulmonares.

A paciência e o uso correto da medicação são a solução para que o indivíduo com asma viva bem e sem limitações pelo resto da vida.

Acidente vascular cerebral

O acidente vascular cerebral (AVC) é uma doença decorrente de um problema na circulação sanguínea na região dos vasos do cérebro, provocando uma paralisia da região que ficou sem irrigação adequada.

Essa circulação pode ser interrompida por uma obstrução da artéria — chamado de AVC isquêmico — ou por um rompimento do vaso — chamado de AVC hemorrágico.

Ele pode ser uma consequência de uma doença, de hábitos de vida irregulares ou simplesmente um acidente natural que pode acontecer no organismo humano.

1. Sintomas

O AVC sempre se inicia de forma súbita e, por isso, é importante estar atento aos sinais:

  • dores de cabeça fortes e persistentes;
  • enfraquecimento, paralisação ou adormecimento do rosto, braços ou pernas;
  • fala confusa e embolada;
  • muita dificuldade para deglutir;
  • sensação de tontura;
  • e visão turva ou perda de visão.

2. Diagnóstico e tratamento

O melhor tratamento para um quadro de AVC é seu diagnóstico rápido e por isso a etapa de identificação dos sintomas é tão importante.

O tratamento é feito na UTI, na tentativa de restabelecer a circulação sanguínea na região do cérebro prejudicada. Em casos mais graves, quando o paciente se recupera, podem restar sequelas do quadro por consequência do tempo em que o cérebro ficou sem oxigênio.

Câncer

O câncer é uma das doenças mais temidas da atualidade. Essa condição classifica, na realidade, um conjunto de várias doenças que são caracterizadas por um quadro de crescimento descontrolado de células de diversas regiões e tecidos do corpo, que também podem se espalhar contaminando outros órgãos e tecidos sãos.

O aumento das células cancerígenas é muito rápido e, por isso, essa é uma doença de difícil controle e que precisa ser diagnosticada o quanto antes, para evitar sua evolução.

As células cancerígenas são responsáveis pela formação de tumores e neoplasias, sempre com comportamento maligno. Tumores identificados como benignos não são classificados como câncer.

Existem diversos tipos de câncer, e eles podem afetar qualquer órgão ou tecido do corpo humano. Os mais conhecidos e mais comuns são o câncer de:

  • cérebro;
  • cólon;
  • estômago;
  • intestino;
  • mama;
  • ossos;
  • próstata;
  • e pulmão.

Mas eles também podem se desenvolver em tecidos neurais, musculares e até mesmo na pele. Quando um câncer migra para um tecido vizinho, esse quadro é caracterizado como metástase das células tumorais.

Como é causado por um fator que leva a mutação das células do corpo humano, várias são as causas de um câncer, como:

  • alimentação irregular;
  • contato com poluição;
  • contato com químicos;
  • exposição a radiação;
  • e hábitos de vida prejudiciais.

Entretanto, na maioria das vezes, o câncer tem origem genética, e sua manifestação não tem causa conhecida.

1. Sintomas

Como o câncer é uma doença que pode atingir qualquer tecido e órgão do corpo, vários sintomas diferentes podem estar relacionados com essa condição. É importante, portanto, atentar-se a sintomas persistentes e que não são tratados com qualquer tipo de medicamento.

Fazer uma investigação minuciosa pode ajudar a identificar a presença de um câncer.

2. Diagnóstico e tratamento

O diagnóstico de um câncer é feito com a identificação de células malignas no corpo. Isso pode ser feito com a ajuda de uma biópsia, que também pode ajudar a determinar qual é o tratamento ideal para o tipo de doença identificada.

O tratamento do câncer pode ser feito com sessões de:

  • cirurgias;
  • hormonoterapia;
  • imunoterapia;
  • quimioterapia;
  • radioterapia;
  • e uso de medicamentos orais (que ajudam a controlar os sintomas e as consequências dos tratamentos mais agressivos).

A escolha do tratamento é feito de acordo com o tipo de câncer diagnosticado e seu grau de avanço no organismo.

Conclusão

Conhecer as doenças é o 1º passo para conseguir ajudar seus pacientes a melhorarem de vida. Esperamos que este material tenha te ajudado a se preparar para orientar melhor amigos, pacientes e familiares que manifestarem algum sintoma.

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