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Hipolabor alerta: saiba quais são os riscos das altas dosagens de medicamentos

Hipolabor alerta: saiba quais são os riscos das altas dosagens de medicamentos

As altas dosagens podem gerar efeitos adversos graves e até fatais nos pacientes, seja imediatamente após a ingestão do medicamento ou no longo prazo. É preciso ter um cuidado especial com os medicamentos que são vendidos sem prescrição médica já que muitos pacientes acham que como não há a necessidade de receita esses remédios são seguros e podem ser tomados sem moderação. Mas se enganam e muito.

Quais são os riscos das altas dosagens de medicamentos? É o que vamos contar no post de hoje. Confira!

Intoxicação

As intoxicações são os efeitos mais comuns das altas dosagens. Todo medicamento apresenta uma dose letal, que pode ser próxima ou não da dose terapêutica. Para descobrir qual é esse risco devemos calcular o índice terapêutico, a razão da dose letal em 50% da população pela dose efetiva, a dose que gera os efeitos terapêuticos, em 50% da população. Quanto menor o índice terapêutico, maior é a chance de um paciente se intoxicar com aquele medicamento. A digoxina, usada no tratamento de cardiopatas, gera náusea, perda de apetite, vômitos e diarreia em mais de 1% dos seus usuários, com um índice terapêutico de apenas 2:1.

Paracetamol, teofilina, varfarina, lítio, gentamicina, vancomicina e anfotericina B também possuem índice terapêuticos baixos e provocam intoxicações frequentemente.

Falência de órgãos

O paracetamol é um medicamento muito utilizado por seus efeitos antitérmicos e analgésicos, mas que pode levar à falência hepática quando usado em altas doses. Isso ocorre porque o fígado é o responsável pelo metabolismo desse fármaco, produzindo o metabólito N-acetil-p-benzonquinone imine (NAPQI) que danifica diretamente as células hepáticas. Os sintomas surgem aos poucos, ao longo do período de uma semana, e podem ser graves, sendo necessário um transplante de fígado para a cura.

Morte

Algumas vezes, os efeitos da intoxicação são muito graves ou não são revertidos a tempo, colocando a vida do paciente em risco. Um erro na dosagem de insulina, por exemplo, pode provocar uma hipoglicemia imediata, privando o cérebro de glicose e provocando uma morte cerebral. Outro exemplo é o da morfina, um analgésico opioide potente, que pode provocar depressão respiratória em doses altas, principalmente em pacientes idosos e debilitados.

Efeitos paradoxais

Um estudo nos Estados Unidos mostrou que uma dose acima do recomendado de antidepressivos pode acabar aumentando a chance de comportamentos suicida e de automutilação. A fisiologia por trás desse efeito paradoxal ainda é desconhecida, mas demonstra a importância de se respeitar as doses recomendadas para se obter os efeitos desejados.

Sequelas no longo prazo

Os anti-inflamatórios não-esteroidais (AINES) já são famosos por irritarem a mucosa gástrica e provocarem gastrite e úlceras, mas atualmente o diclofenaco e o ibuprofeno foram associados também a um aumento do risco de infarto do miocárdio e falência cardíaca quando tomados em altas doses. O aumento não é suficiente para que esses medicamentos deixem de ser usados nas doses habituais, mas é preciso ficar atento para não abusar.

Demência e perda cognitiva já foram são associadas ao uso crônico de benzodiazepínicos para insônia e ansiedade. O ideal é utilizar esses medicamentos por um curto período de tempo e depois ir controlando os sintomas por mudanças em hábitos de vida.

É importante destacar também que as doses prescritas ou recomendadas na bula podem gerar sintomas de overdose quando combinadas com álcool, outras drogas, suplementos naturais e alguns fármacos, devido às interações medicamentosas. Então não deixe de perguntar a seu paciente o que ele anda usando antes de fazer a prescrição.

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