Hipolabor ensina: como tratar queloides

As queloides são um crescimento excessivo do tecido fibroso cicatricial de um ferimento de pele, apresentando o aspecto de uma lesão saliente, de coloração vermelha, rosa ou mais escurecida que ultrapassa os limites da lesão inicial.

Elas são completamente benignas e não contagiosas, mas podem acarretar num grande comprometimento estético. Dependendo do local e do tamanho da queloide, ela pode implicar ainda em um comprometimento funcional, limitando a mobilidade do indivíduo.

Quer descobrir como tratar queloides? A Hipolabor ensina! É só conferir o nosso post!

Quais tipos de feridas podem gerar queloide?

Absolutamente qualquer lesão de pele que provoque uma cicatriz pode evoluir para uma queloide. Isso inclui acne, catapora, arranhões, queimaduras, cirurgias, tatuagens, vacinações, furos de orelha e qualquer outra ferida traumática.

O que causa as queloides?

É difícil determinar o que causa uma queloide especificamente, mas existem uma série de fatores que contribuem para o seu aparecimento, sendo a genética o principal deles.

Pessoas cujos familiares próximos possuem queloides têm um chance maior de desenvolvê-las também. Negros, asiáticos e hispânicos tem uma tendência entre 5 e 15 vezes maior de ter uma queloide do que uma pessoa de pele branca.

A idade e o sexo também influenciam, com a maioria das queloides surgindo entre os 10 e os 20 anos de idade e em mulheres.

Quais as possibilidades de tratamento?

Injeções de corticoides intralesional

Essa é a principal linha de tratamento, com o corticoide reduzindo a síntese de colágeno, a proliferação de fibroblastos e inibindo o processo inflamatório como um todo. A triancinolona acetonida é o corticoide mais usado, devendo ser aplicada a intervalos de 4 a 6 semanas na lesão.

Compressão

Envolve a aplicação de pressão sobre o local da queloide para promover a redução da espessura da pele. Pode ser feito com botões de compressão ou faixas elásticas.

Curativos oclusivos

Esse método utiliza placas de silicone ou fitas oclusivas de corticosteroides para amaciar e afinar a pele.

Excisão cirúrgica

Geralmente, essa técnica é combinada com outras formas de tratamento para reduzir o risco de recorrência.

Crioterapia

Na crioterapia, o nitrogênio líquido congela e provoca danos às células da queloide, sendo aplicado em até 3 ciclos de 30 segundos cada.

Outros tratamentos estão surgindo, como o uso de radioterapia e fototerapia e a aplicação na lesão de 5-fluorouracil, interferon, doxorubicina, toxina botulínica, bleomicina, verapamil, tamoxifeno ou vitamina E.

Vale lembrar que a melhor forma de tratamento dependerá do tamanho, da localização e da profundidade da queloide, da idade do paciente e dos outros tratamentos já usados, sendo imprescindível passar por uma avaliação médica.

O tratamento funciona?

A maioria dos tratamentos funciona no meses imediatos, reduzindo o tamanho da queloide, a coceira, a vermelhidão e a dor.  Mas a chance da queloide voltar existe e é alta, independente do que seja feito.

Há o risco, inclusive, de que a nova queloide seja maior do que a antiga. Dessa forma, queloides muito pequenas, que não estão crescendo e que não incomodam muito o paciente podem não ser tratadas.

É possível prevenir o surgimento de queloides?

Em pacientes de alto risco, o mais importante é evitar lesões à pele. Caso seja necessário alguma cirurgia, o cirurgião deve ser informado da história do paciente e escolher bem o local de incisões, evitando articulações e seguindo as linhas de tensão da pele. No momento da sutura, deve-se ainda ter o cuidado de minimizar a tensão.

Já o paciente deve ter os cuidados habituais com a cicatriz, procurando o médico ao primeiro sinal da queloide e protegendo a lesão do sol, já que o tecido cicatricial pode ir se tornando mais escura com o tempo.

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