Hipolabor ensina: quais remédios cortam os efeitos do anticoncepcional?

Muitas mulheres que utilizam o anticoncepcional como método contraceptivo também consomem outros remédios em conjunto, muitas vezes sem saber que a interação medicamentosa de ambos podem diminuir a concentração hormonal da pílula — ou, em alguns casos, até mesmo cortar seus efeitos.

Essas informações, apesar de importantes, costumam passar batidas pelo ginecologista, gerando dúvidas em muitas mulheres que precisam se medicar.

Você sabe quais são os remédios que podem cortar os efeitos do anticoncepcional? Aproveite o post de hoje para tirar suas dúvidas!

Antibióticos

Estudos já constataram que a maioria dos antibióticos não cortam os efeitos do anticoncepcional, pois não há nenhuma prova científica que faça relação a isso. Os únicos que podem aumentar o risco de uma gravidez indesejada são a Rifampicina e o seu derivado, a Rifabutina.

Ambos são usados nos tratamentos contra a tuberculose, hanseníase (lepra) e na profilaxia da meningite. A droga reduz os níveis sanguíneos de Etinil estradiol e Progestina, as formas sintéticas do estrogênio e da progesterona presentes nos anticoncepcionais, causando a redução da sua eficácia.

Por isso, as mulheres que precisam usar estes medicamentos, devem se precaver, utilizando um método contraceptivo adicional e não hormonal durante todo o período de tratamento com esses antibióticos.

Anticonvulsivantes

Essas drogas são usadas no tratamento da epilepsia e da convulsão. Algumas delas podem interagir reduzindo a concentração dos anticoncepcionais na corrente sanguínea. Nesse caso, os componentes são: Oxcarbazepina, Topiramato, Primidona, Carbamazepina, Fenobarbital e Fenitoína.

Felizmente, alguns medicamentos desta classe que podem ser tomados em conjunto com o anticoncepcional. São eles: ácido valproico, Tiagabina, Levetiracetam, Lamotrigina e Gabapentina.

Antirretrovirais

São usados no tratamento de infecções como o HIV, e podem cortar a eficácia dos anticoncepcionais devido a sua alta concentração de estrogênio. Alguns deles são: Nelfinavir, Nevirapine e Ritonavir.

Remédios que não cortam os efeitos do anticoncepcional

Listamos aqui, alguns remédios que NÃO apresentam evidências de redução ou corte dos efeitos do anticoncepcional hormonal:

• Analgésicos, como a Dipirona ou o Paracetamol;
• Anti-inflamatórios ou Aspirina;
• Antivirais, como Aciclovir;
• Antidepressivos, como Paroxetina, Sertralina, Escitalopram, Citalopram ou Fluoxetina;
• Antidiabéticos orais ou insulina;
• Sibutramina;
• Diuréticos;
• Omeprazol;
• Benzodiazepinas, como Diazepam, Clonazepam, Alprazolam;
• Medicamentos para controlar o colesterol, como Sinvastatina, Atorvastatina ou Rosuvastatina.

Além dos medicamentos citados mais acima, algumas atitudes da mulher também podem interferir na eficácia do anticoncepcional, como ingerir bebidas alcoólicas em excesso ou alimentos de procedência suspeita (o que pode causar vômitos ou diarreia após a ingestão da pílula), e o uso da erva de São João (medicamento fitoterápico utilizado para aliviar os sintomas da depressão e ansiedade), que também pode exercer influência negativa na absorção do medicamento.

As mulheres que passaram pela cirurgia bariátrica, também devem ficar mais atentas, pois algumas técnicas utilizadas no procedimento podem prejudicar a absorção gástrica. Assim, é possível que o anticoncepcional não seja neutralizado adequadamente pelo organismo.

O esquecimento da pílula é outro fator que pode diminuir a sua eficácia. Ao notar o erro, muitas mulheres tomam os dois comprimidos no dia seguinte de uma só vez, pensando que isso surtirá  o mesmo efeito, mas nem todas as marcas recomendam esse procedimento.

Caso esteja no início da primeira cartela e esquecimento tenha sido superior a 12 horas, o melhor a se fazer é suspender o anticoncepcional e entrar em contato urgente com o seu ginecologista para cogitar o uso da pílula do dia seguinte. Na dúvida, nunca deixe de ler a bula do seu medicamento.

Agora que você já sabe tudo sobre os anticoncepcionais e suas interações medicamentosas, não deixe de continuar por dentro deste e outros assuntos da área da saúde. Assine a nossa newsletter e receba mais conteúdos como este no seu e-mail!