Hipolabor esclarece: acupuntura é comprovada cientificamente?

A acupuntura é uma técnica de medicina oriental milenar que consiste na estimulação de pontos corporais específicos, com o objetivo de cura.

Ao longo dos séculos, o estudo dos acupontos revelou uma correlação entre determinadas partes do corpo e, a partir daí, passaram a ser utilizadas agulhas como forma de estímulo. Entretanto, muitos criticam a modalidade terapêutica por carência de comprovação científica, realidade que mudou recentemente.

A partir dos novos estudos, essa forma de medicina alternativa teve sua eficácia comprovada. Confira a seguir alguns fatores que indicam essa mudança de paradigma:

Análise bioquímica do sangue

A partir de exames de sangue realizados previamente e posteriormente a sessões de acupuntura, é possível observar a mudança de dosagem de substâncias analgésicas, além de analisar respostas biológicas anti-inflamatórias e estimulantes.

Estatisticamente, grande parte dos que procuram por consultórios de acupuntura possuem algum tipo de dor e, a partir da comprovação do efeito analgésico das sessões, essa grande demanda pode ser justificada.

Ou seja, uma mudança em quantidades significativas, em um curto período de tempo, é um forte indicativo dos efeitos benéficos das agulhas no organismo humano.

Ressonância Magnética

Um estudo científico da Universidade da Califórnia, realizado em 1998, comprovou a correspondência de um acuponto por meio de ressonância magnética.

Durante a realização do exame, foi estimulado um meridiano localizado no pé do paciente que, segundo a tradição chinesa, apresenta reflexologia com os olhos. Em seguida, foi constatado, no monitor do aparelho, um aumento de atividade cerebral justamente numa região do córtex que coordena a visão.

Essa foi uma das mais fortes evidências para a medicina ocidental de que a acupuntura possui efeitos reais, uma vez que foi de fato observado no equipamento o reflexo do ponto.

Experiências com animais

Por meio da utilização de camundongos com dores nas patas, cientistas aplicavam agulhas periodicamente nos joelhos dos animais. A partir de uma análise clínica, foi observado um aumento de 24 vezes na região de adenosina, o que resultou em uma redução significativa do desconforto dos animais.

Outro estudo realizado na Georgetown University Medical Center utilizou 4 grupos de ratos, sendo um placebo, dois outros reais e um grupo controle com ratos sem estresse e que não receberam acupuntura.

Um grupo recebeu eletroacupuntura (estimulação dos pontos potencializada por pequenas cargas elétricas); o outro, placebo, recebeu uma “falsa” acupuntura (procedimento realizado em uma área onde não há um ponto de reflexologia), e todos seriam comparados com o terceiro grupo de ratos estressados que não receberam aplicações, além de um quarto grupo de animais sem estresse e que não receberam nenhum tipo de estimulação.

A análise comparativa revelou um controle expressivo do estresse dos ratos tratados com acupuntura real em relação aos demais.

Principais indicações

A constante utilização de medicamentos alopáticos pela medicina ocidental pode causar uma série de deficiências no organismo. Por abranger uma série de enfermidades de uma forma mais harmônica para o corpo humano, optar pela acupuntura em detrimento dos métodos convencionais pode ser extremamente interessante.

Além disso, tratar do equilíbrio corporal  por meio das agulhas traz benefícios às mais diversas enfermidades, excepcionalmente àquelas ligadas a transtornos de ansiedade. Pode-se citar o controle da obesidade como um grande exemplo. A partir da diminuição das causas primárias que implicam o ganho de peso, é possível alcançar caminhos satisfatórios para o combate do sobrepeso.

Outra indicação pertinente seria no tratamento para o abandono do vício do cigarro, justamente pelo fato de essa terapia agir diretamente no controle de estresse e ansiedade.

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