Hipolabor explica: 4 coisas que você precisa saber sobre herpes zoster
Embora confundida com a herpes simples, o herpes zoster é uma doença diferente, com sintomas e tratamentos distintos. Em primeiro lugar, seu agente causador é um tipo de vírus diferente da herpes comum, e que possui diversas particularidades.
Veja a seguir 4 informações importantes que você precisa saber sobre o herpes zoster:
1. O que é herpes zoster
Herpes zoster, também conhecido como cobreiro, é uma doença causada pelo mesmo vírus que causa a catapora — o varicela-zoster (VZV), ou herpesvírus humano tipo 3 (HHV-3).
A enfermidade ocorre em pessoas que já tiveram catapora na infância, pois o vírus permanece incubado em um nervo e pode evoluir para a doença em algum momento da vida. Por conta da queda da imunidade, é uma enfermidade comum em idosos.
A doença também pode se manifestar em pessoas com quadros de imunodeficiência, como as acometidas por linfomas, doença de Hodgkin, leucemia, AIDS e em pacientes em terapia com imunossupressores (como corticoides e citostáticos).
2. Sintomas
O herpes zoster caracteriza-se como uma lesão que aparece em apenas um lado do corpo, e os sintomas podem ser confundidos com os de outras doenças. São eles:
- Formigamento no onde apareceram as lesões;
- Febre baixa no primeiro dia (em alguns casos);
- Vermelhidão local;
- Surgimento de bolinhas com água (as vesículas contendo o vírus);
- Dores locais.
Se a pessoa tiver boa saúde, em até 7 dias após o aparecimento das lesões se formarão crostas que cairão, sinalizando o fim da doença em até 4 semanas.
Como o herpes zoster se situa em um nervo responsável pelas sensações da região, a inflamação pode provocar uma dor intensa (nevralgia) no local da lesão. Em casos mais graves, principalmente em idosos, pode ocorrer o comprometimento de fibras motoras, causando, por exemplo, paralisia facial.
Nesses casos delicados, pode ocorrer a chamada “fase pós-herpética”, que deixa complicações após o desaparecimento das lesões. Os sintomas dessa fase são:
- Dores, queimação e ardência na região onde estava localizada a lesão;
- Sensação de dor intensa, que não passa;
- Forte sensibilidade quando a pessoa é tocada.
Esses sintomas podem dificultar a vida da pessoa, impossibilitando-a de realizar tarefas simples, como dormir ou comer e causando, inclusive, depressão. As complicações podem perdurar por meses e até anos, principalmente em casos de idosos.
3. Formas de contágio e cuidados a serem tomados
Como a lesão é localizada, o herpes zoster não é transmitido por via respiratória. Porém, a transmissão pode ocorrer via contato pelo fato de o vírus estar ativo dentro das erupções.
Portanto, a pessoa deve lavar as mãos com água e sabão antes e depois de tocar na lesão. Caso note que as bolinhas estão estourando, a região deve ser coberta para impedir que o líquido contendo o vírus vaze — o que facilitaria a contaminação.
Além do cuidado de higienizar as mãos, é importante separar objetos pessoais e toalhas que entrem em contato com a lesão.
4. Tratamento
O tratamento contra o herpes zoster é feito com base em medicamentos, como analgésicos e antivirais. Em casos de nevralgia persistente, são administrados medicamentos mais específicos para conter a inflamação do nervo.
Quando a lesão surge na região da face — acometendo olhos e nariz —, pode ser necessária a internação para medicação venosa, evitando complicações como meningite e cegueira.
Como forma de prevenção, existe desde 2014 no Brasil uma vacina em dose única contra herpes zoster: Zoztavax. Ela tem aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para ser ministrada em pessoas a partir dos 50 anos de idade, que é a fase de maior risco de desenvolvimento da doença.
Além de reduzir a possibilidade de reativação do vírus, a vacina também previne o agravamento da doença, com seus quadros de dor intensa.
Agora que você já conhece as principais informações sobre herpes zoster, é importante saber que quanto mais cedo a pessoa for tratada, melhores serão as chances de cura sem complicações.
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