Hipolabor explica: 6 fatos interessantes sobre a aspirina que todo profissional deve saber

A aspirina, nome comercial do ácido acetilsalicílico (AAS), é um dos medicamentos mais consumidos em todo o mundo, sendo esse fato já reconhecido, inclusive, pelo Livro dos Records em 1950. Como um medicamento da classe dos anti-inflamatórios não-esteroidais (AINEs), a aspirina tem três principais mecanismos de ação: analgésico, anti-inflamatório e antipirético. Além desses, apresenta também um efeito antiplaquetário, inibindo a via do tromboxano. Devido a esses mecanismos de ação e à venda sem prescrição, a aspirina certamente faz parte do dia a dia de muitas pessoas.

É por isso que trouxemos aqui alguns fatos interessantes sobre a aspirina que você não pode deixar de saber. Confira a seguir:

Remédio milenar

O ácido acetilsalicílico já está disponível no mercado há mais de 100 anos, tendo sido sintetizado pela primeira vez em 1897 pelo laboratório Bayer e sendo dessa forma o primeiro medicamento a ser sintetizado em toda a história. Muito antes disso, porém, a substância já era utilizada como analgésico e antitérmico. Hipócrates, o pai da medicina, séculos antes de Cristo (assim como as civilizações antigas do Oriente Médio, da Suméria e do Egito) já descrevia os poderes do pó da casca do salgueiro, árvore rica em salicilatos.

Prevenção de doenças cardíacas

Um dos usos mais comuns da aspirina é a prevenção de eventos tromboembólicos, como infartos do miocárdio, tromboses, embolia pulmonar e acidentes vasculares encefálicos isquêmicos. Uma dose baixa de aspirina já é suficiente para reduzir a chance dessas doenças virem à tona ou de elas se repetirem em pacientes de risco. No entanto, esse uso só pode ser recomendado por um médico após o cálculo do risco cardíaco, para que os efeitos colaterais da aspirina não superem seus benefícios.

Efeitos colaterais diversos

Por ela atuar inibindo o processo de coagulação, os efeitos colaterais da aspirina podem ser vistos em diversos órgãos, sendo os sangramentos gastrointestinais e os acidentes vasculares encefálicos hemorrágicos os mais comuns, assim como os sangramentos após procedimentos cirúrgicos. Mulheres grávidas, por exemplo, devem evitar a aspirina durante o terceiro trimestre da gravidez para não aumentarem o risco de sangramento durante o parto e provocarem complicações graves. Até mesmo a aspirina infantil já aumenta esse risco em 2 a 4 vezes. Por isso, o uso de aspirina só deve ser feito sob recomendação médica e sempre que possível por um período limitado.

Alergias cutâneas, zumbidos, problemas hepáticos, broncoespasmo, perda de audição, danos renais, vômitos e angioedema também são efeitos colaterais possíveis.

Prevenção de câncer

O uso de aspirina para prevenção de câncer do cólon é ainda controverso e considerado off label, ou seja, essa recomendação ainda não está presente na bula do remédio. No entanto, já há estudos que associam a administração de 2 comprimidos de aspirina diários com uma redução de mais de 60% do risco de câncer de cólon.

Síndrome de Reye

A síndrome de Reye, caracterizada por uma encefalopatia aguda não-inflamatória e por falência hepática degenerativa, provoca estado mental alterado, vômitos, diarreia, hiperventilação e até óbito em crianças com infecções virais, como gripe, varicela, gastroenterite, tratadas com aspirina. A associação com a aspirina ainda é contestada, mas na dúvida esse medicamento continua sendo contraindicado para crianças com qualquer tipo de infecção viral.

Remédio multiúso

Além de seus usos médicos habituais, a aspirina também é considerada um bom analgésico e anti-inflamatório típico, podendo ser usada para reduzir a inflamação de picadas de inseto ao se aplicar o comprimido diretamente sobre a pele úmida. O uso em máscaras faciais, para proteção da tintura do cabelo e até para manutenção da beleza de flores em buquês e jarras também é relatado.

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