O setor farmacêutico passou por um processo acelerado de inovação e altos investimentos em pesquisa e desenvolvimento devido à maior demanda com a pandemia de Covid-19. As projeções são de alta para o setor como um todo nos próximos anos.
No entanto, o cenário da pandemia demonstrou a complexidade da cadeia produtiva do setor no Brasil, que é bastante dependente de insumos importados, especialmente da China e da Índia. Essa dependência de matéria-prima resultou em uma escassez de medicamentos essenciais para a população, como antibióticos e analgésicos.
Levantamento Confederação Nacional dos Municípios (CNM), divulgado em julho, mostra que 80,4% dos municípios têm sofrido com a falta de medicamentos. O caso mais evidente foi a falta da dipirona injetável, porque o aumento dos custos de produção acabou inviabilizando a fabricação do medicamento. Entidades do setor apontam um descompasso entre oferta e demanda e a indústria farmoquímica brasileira não tem condição de suprir nem 5% do que a indústria farmacêutica nacional consome.
Para apoiar no cuidado à saúde dos brasileiros, a Hipolabor voltou a produzir dipirona injetável. Entre junho e julho, foram disponibilizadas mais de 5 milhões de unidades do medicamento.
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