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Hipolabor informa: tudo o que você precisa saber sobre alergia alimentar

Hipolabor informa: tudo o que você precisa saber sobre alergia alimentar

As alergias são queixas comuns que qualquer profissional da saúde ouve por ai e as dúvidas e os mitos que cercam essas doenças são muitos. Há diferença entre alergia alimentar e intolerância alimentar? Existe cura para a alergia? É possível uma alergia ser fatal?

Lendo o nosso post você aprenderá tudo o que precisa saber sobre as alergias alimentares, desde como elas funcionam dentro do organismo até como tratá-las. Está preparado? Então vamos lá!

O que é a alergia alimentar?

A alergia alimentar representa uma reação do sistema imune a determinado antígeno presente em um alimento. Para o organismo, o alimento representa um agente nocivo, assim como uma bactéria ou um vírus, e reage a ele com a produção de anticorpos do tipo IgE, de citocinas e de histamina e com o recrutamento de células inflamatórias como os mastócitos.

Essa reação varia de indivíduo para indivíduo, podendo representar um simples prurido ou exantema ou um choque anafilático, colocando a vida da pessoa em risco. A prevalência das alergias alimentares reduz com idade, atingindo quase 10% das crianças e menos de 5% dos adultos.

Quais os alimentos mais associados a alergias?

Embora qualquer alimento tenha o potencial de provocar uma alergia, alguns geram essa reação mais comumente, como:

  • Leite: geralmente, trata-se do leite de vaca e a alergia surge na infância precoce;
  • Ovo: a albumina costuma ser a vilã, podendo ser encontrada também em marshmallows e comidas congeladas;
  • Amendoim;
  • Soja;
  • Frutas secas: nozes, castanhas, amêndoas, etc;
  • Frutos do mar: camarão, lagosta, caranguejo, etc;
  • Glúten: a alergia recebe o nome especial de doença celíaca e impede a ingestão de trigo, aveia, centeio e cevada.

O que faz com que uma pessoa seja alérgica?

As alergias são doenças multifatoriais, sendo praticamente impossível identificar uma única causa. No entanto, há vários fatores de risco, ou seja, fatores que, quando presentes, aumentam a chance de desenvolvimento da alergia, já encontrados:

Idade

Quanto mais novo o indivíduo, maior a chance de alergias, por isso a faixa etária mais afetada é a de bebês e crianças. Com o tempo e exposições controladas ao alérgeno, a maioria das pessoas desenvolve tolerância e deixa de reconhecer o alimento como nocivo.

Atopia

A atopia consiste em um estado de hiper-reação do organismo a antígenos ambientais, sendo, portanto, um fator de risco para todos os tipos de alergia, inclusive para a asma. Indivíduos atópicos vão apresentar asma, urticária, eczema, dermatite atópica e alergias diversas em uma frequência maior do que o restante da população.

História familiar

Mesmo caso o indivíduo não apresente sinais claros de atopia, se outros membros da família imediata apresentem alguma das doenças típicas, o risco de ter alguma alergia alimentar já é maior.

Desmame precoce

A amamentação do bebê pelo período adequado é um fator protetor contra diversas doenças, incluindo as alergias. O uso de fórmulas ou leite de vaca é considerado um fator de risco a mais para o desenvolvimento de alergias alimentares.

Quais os sintomas que indicam uma alergia alimentar?

A alergia alimentar gera sintomas rapidamente, o que, inclusive, a difere da intolerância alimentar, como veremos mais adiante. Assim, dentro de minutos ou horas após a ingestão do alimento os primeiros sintomas já aparecem. As manifestações mais comuns são na pele com lesões exantemáticas, principalmente, as do tipo urticária com prurido, eczemas e edemas. Rouquidão e dificuldade de respirar também são comuns e podem evoluir para o choque anafilático.

Dor abdominal, diarreia, coriza, irritação de mucosas, angioedema (um edema característico de pálpebras, face, lábios e língua) também podem ocorrer em reações alérgicas.

Quais são os tipos de reações alérgicas?

A maioria dos quadros gera sintomas variados, leves ou moderados, que não caracterizam um tipo específico. No entanto, a reação anafilática e a alergia oral se destacam e merecem ser estudadas em mais detalhes.

No choque anafilático, a liberação maciça das substâncias alérgicas, principalmente da histamina e da bradicinina, provoca uma dilatação de vasos em todo o corpo, gerando queda da pressão arterial, edema e dificultando o funcionamento do coração. Na glote, o edema provoca a obstrução do fluxo para os pulmões, gerando dificuldade respiratória. No restante do corpo, essa reação prejudica a oxigenação dos tecidos, inclusive do cérebro, gerando vertigens e síncope. Devido à gravidade, essa reação é súbita e fatal se não tratada imediatamente.

A síndrome de alergia oral consiste em sintomas imediatos após o contato da mucosa oral com o alimento, como prurido e edema nos lábios, palato e faringe. Apesar de não serem alimentos frequentemente associados à alergia, essa síndrome ocorre geralmente com aipo ou frutas como melancia, melão, ameixa, pêssego e banana.

Como o diagnóstico da alergia alimentar é feito?

Para o diagnóstico de uma alergia alimentar é necessário o estabelecimento de uma associação temporal clara entre a ingestão do alimento e os sintomas. Como já foi dito, as manifestações devem ocorrer dentro de poucas horas após o contato com o alimento. Caso os sintomas demorem 12 ou 24h, o diagnóstico de intolerância alimentar será mais provável, já que nessa doença não há um processo alérgico e sim uma incapacidade do organismo de digerir o alimento, o que desencadeia sintomas semelhantes de dor abdominal e diarreia. A história familiar ou individual de atopia aumenta a suspeita clínica de alergia alimentar.

Alguns exames que avaliam a resposta alérgica do organismo podem ser feitos embora não comprovem a alergia, apenas tornem-na mais provável, como a análise da eosinofilia no hemograma, a dosagem de IgE específica e a realização de testes cutâneos contra os alimentos suspeitos.

Uma dieta de exclusão, na qual se evita a ingestão do alimento por um período de tempo e avalia-se a ausência de sintomas é recomendada. Assim como um teste de provocação oral, no qual após a dieta de exclusão, o alimento suspeito é oferecido e observa-se o ressurgimento dos sintomas alérgicos. Esse último teste é útil também para verificar se o indivíduo está se tornando tolerante e pode voltar a ingerir o alimento, no entanto, deve sempre ser realizado sob indicação médica e em um ambiente adequado para tratamento de qualquer reação alérgica grave.

Como o tratamento dos sintomas de alergia deve ser feito?

O melhor meio para tratar a alergia alimentar é a sua prevenção, evitando o contato com o alimento. Então é importante ficar atento aos rótulos dos alimentos! Mas caso a crise ocorra, é preciso saber quais medicamentos utilizar e quando buscar ajuda médica imediata.

Reações locais, como urticárias, não requerem tratamento necessariamente, mas o uso de anti-histamínicos, orais ou tópicos, pode ajudar a aliviar o prurido e o desconforto do indivíduo.

O atendimento de emergência deve ser procurado no caso de alergias mais graves, como as reações anafiláticas, sendo indicado para qualquer obstrução do fluxo aéreo e dificuldade de respirar, aumento da frequência cardíaca e alterações de consciência com síncopes. Para evitar reações fatais, recomenda-se que indivíduos com reações alérgicas graves tenham sempre uma epinefrina injetável que ajuda a aliviar o edema da glote e facilita a respiração.

Embora não exista uma cura definida, muitos indivíduos se tornam mais tolerantes ao alimento com o tempo e não precisam mais excluí-lo da dieta. Exposições controladas geralmente são possíveis e ajudam na criação de tolerância, mas devem ser acompanhadas pelo médico especialista.

Você ainda tem alguma dúvida sobre alergias alimentares? Deixe um comentário para a gente! Não deixe também de conferir nossos outros posts e aprender mais sobre temas diversos!

 

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