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Governo e setor farmacêutico buscam soluções para produção de insumos no Brasil

A indústria farmacêutica nacional é muito dependente de insumos importados. Hoje, cerca de 90% das matérias-primas são trazidas de países como China e Índia. Com a pandemia, o setor vivenciou problemas de disponibilidade de produtos, com a interrupção das atividades dos dois países, além do aumento de preços devido à desvalorização do real. O baque dessa dependência externa impulsionou o desenvolvimento de um projeto para fabricação de insumos no país.

A iniciativa está sendo discutida em conjunto com o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), o Grupo FarmaBrasil, a Associação dos Laboratórios Farmacêuticos Nacionais (Alanac), a Associação Brasileira das Indústrias de Química Fina, Biotecnologia e suas Especialidades (Abifina) e a Associação Brasileira da Indústria de Insumos Farmacêuticos (Abiquifi). Apesar de produzir mais de 70% dos medicamentos consumidos no Brasil, o mercado interno se tornou dependente de matérias-primas importadas após a abertura comercial do país, que inviabilizou a produção nacional e fez com que China e Índia se tornassem nossos principais fornecedores. Mas nem sempre foi assim. Em 1980, o Brasil chegou a ser o quinto fabricante de princípios ativos para a indústria farmacêutica.

O setor pretende retomar a produção nacional, por meio de políticas públicas que viabilizem a fabricação de insumos internamente. O projeto ainda está em fase de discussão, mas as propostas envolvem o uso de mecanismos já existentes, como o Ministério da Saúde (MS), por exemplo, destinar recursos para incentivar a produção em território nacional.

O projeto vai favorecer não só a saúde da população, mas também a economia do país. No ano passado, o déficit na balança comercial do segmento foi de US$ 2,3 bilhões. Além disso, durante o período da pandemia, algumas matérias-primas aumentaram até 300% em dólar, segundo dados da Associação dos Laboratórios Farmacêuticos Nacionais.

 

Alta demanda

A pandemia também tem demandado a ampliação da produção de medicamentos para atender os hospitais que tratam de pacientes com Covid-19. As empresas do setor têm registrado resultados expressivos no período. Desde o início da pandemia, a Hipolabor priorizou a produção de medicamentos direcionados ao tratamento de pacientes intubados. A empresa, inclusive, antecipou o início das operações na unidade fabril de Montes Claros (MG), com o objetivo de expandir a fabricação de anestésicos e relaxantes musculares destinados a hospitais que recebem pacientes com Covid-19.

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